sábado, 31 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
O EU
MOTE SEU
De que me serve fugir
de morte, dor e perigo,
se me eu levo comigo?
VOLTAS
Tenho-me persuadido,
por razão conveniente,
que não posso ser contente,
pois que pude ser nascido.
Anda sempre tão unido
o meu tormento comigo
que eu mesmo sou meu perigo.
E se de mi me livrasse,
nenhum gosto me seria;
que, não sendo eu, não teria
mal que esse bem me tirasse.
Força é logo que assi passe:
ou com desgosto comigo,
ou sem gosto e sem perigo.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
O HOMEM É UMA FRAÇÃO
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
A VELOCIDADE DA LUZ (continuação)
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 23 de outubro de 2011
A VELOCIDADE DA LUZ
sábado, 1 de outubro de 2011
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
JHERONIMUS BOSH (1453? - 1516)
O primeiro pertence ao próprio Museu. Os restantes ao Museu Groninge de Bruges.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
ANTÓNIO MENEZES CORDEIRO
Por fim, vieram-me à memória as palavras proferidas por Menezes Cordeiro no final da minha última aula na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que foram mais ou menos estas:
quinta-feira, 28 de julho de 2011
CAUSALIDADES
segunda-feira, 18 de julho de 2011
MÁRIO CLÁUDIO - TIAGO VEIGA
sexta-feira, 1 de julho de 2011
VICTOR CUNHA REGO (1933-2000)
*
(...)
« (...)
É impossível globalizar o que é diferente e, mais, é antagónico. A Malásia não é a Hungria, o Brasil não é a Índia, a Alemanha não é a China, o Japão não é a Rússia, o Chile não é o Egipto.
E, após a leitura desta referência a Job, não posso deixar de assinalar a coincidência (cósmica) da recente estreia, em Portugal, do último filme de Terrence Malick, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, A Árvore da Vida, que começa precisamente com uma citação do Livro de Job (38 - 4, 7): «Onde estavas tu quando lancei os fundamentos da Terra? (...) entre as aclamações dos astros da manhã e o aplauso de todos os filhos de Deus?
quarta-feira, 29 de junho de 2011
VICTOR CUNHA REGO (1933-2000)
Victor Cunha Rego (VCR) foi jornalista, exilado político (no Brasil, Argélia, Jugoslávia e Itália), político (fundador do Partido Socialista, chefe de gabinete de Mário Soares, secretário de Estado, apoiante da Aliança Democrática), director do Diário de Notícias, criou a editora Perspectivas & Realidades, foi embaixador em Espanha, presidente da RTP, primeiro director do Semanário.
No período final da vida, foi cronista diário na última página do Diário de Notícias, entre 1992 e 1999.
Não conheci ninguém que no jornalismo que conseguisse dizer tanto, e tão bem, em tão pouco espaço.
A clareza, a concisão, a estrutura textual, a riqueza de conteúdo, o brilhantismo da linguagem e a lucidez fascinavam-me diariamente.
A sensação, quando se lia, era a de que (tal como nas notas de Mozart) não havia palavras a mais nem a menos.
Não foi o primeiro nem o último a arriscar a crónica diária: já referi, na mensagem de 21 de Janeiro de 2010, Augusto Abelaira, no Século; depois de VCR, Eduardo Prado Coelho também aceitou esse desafio, no Público, com a crónica O Fio do Horizonte.
Nesta mensagem e na próxima reproduzirei, a título ilustrativo, algumas passagens das referidas crónicas que, hoje, doze, catorze, dezanove anos depois, acrescentam, às qualidades já referidas, mais duas que VCR possuía: a clarividência de ver (e analisar e expor) o que fica depois de tudo o que passa e a capacidade de previsão própria de quem tem aquela lucidez.
Era um homem que (referiu-o numa entrevista) gostava de visitar cemitérios.
(...) começa a haver razões para crer que os actuais líderes políticos europeus, cujo pensamento se desconhece, ao contrário do que sempre sucedera na Europa, saibam dos crimes que a actual mentira global comporta.
*
*
«Ainda ninguém, entre os políticos, nos disse a verdade (...). Ninguém nos disse que o emprego deixou de ser um direito garantido e o crescimento deixou de ter taxas asseguradas. Tudo depende agora das empresas e das suas relações competitivas. Vivemos uma revolução, mas, como o sistema de direitos europeus ainda não desabou, pensamos estar a viver uma evolução.
E tão irracional quanto o que se omite é despudorado.»
*
terça-feira, 31 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
MEMORANDO
segunda-feira, 25 de abril de 2011
ESTADOS
quarta-feira, 20 de abril de 2011
NO CAFÉ
sexta-feira, 1 de abril de 2011
AUGUSTO ABELAIRA (1926-2003)
quinta-feira, 17 de março de 2011
OUT OF AFRICA
Por hoje, uma das cenas cinematográficas que ficará, para sempre, na minha memória,
e uma homenagem ao recentemente falecido John Barry.
terça-feira, 1 de março de 2011
DÚVIDAS POLÍTICAS
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O QUE É?
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
NO CAFÉ
A mãe responde: é o que sentes quando olhas para uma pintura e gostas (ou para uma paisagem ou uma menina); ou quando ouves uma música.
E o rapaz pergunta: e o que é a beleza se não existirem pessoas?
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
GONÇALO M. TAVARES
sábado, 1 de janeiro de 2011
SEGREDOS
Ela tem um segredo.
Ele pensa que conhece o segredo dela.
Ela pensa que conhece o segredo dele.
Ele sabe que ela pensa que conhece o segredo dele.
Ela sabe que ele pensa que conhece o segredo dela.
Ele sabe que ela sabe que ele pensa que conhece o segredo dela.
Ela sabe que ele sabe que ela pensa que conhece o segredo dele.
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