terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

NOITE VIVA


A ver.
 
No Teatro Aberto. 

Com base num texto do dramaturgo Conor MacPherson, João Lourenço, Vera San Payo de Lemos e Nuno Neves montaram um espectáculo simultaneamente de teatro e cinema.

No início, em filme, Tomás assiste aos maus tratos infligidos por Carlos a Ana perto de um bar. Ela fica  abandonada, Tomás tenta socorrê-la, Ana pede-lhe para não a levar ao hospital, ele transporta-a para casa e entram em palco - o cenário é a garagem da casa de Maurício, onde o sobrinho (Tomás) vive.

Tomás (na casa dos sessenta), separado da mulher e dos filhos, vive de biscates que vão surgindo, nos quais é ajudado pelo amigo Doc, que tem uma ligeira deficiência e, abandonado pela família, vive entre a rua e a garagem de Tomás.

A história é contada alternadamente entre o palco (onde intervêm Tomás, Ana, Maurício, Doc e Carlos) e a tela (onde, além destes, nos surgem outras personagens).

Tudo se passa à noite: teatro e cinema. A noite como espaço de violência, de amor e de esperança.






sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

NO CAFÉ


A: Durante muito tempo pensei: o que distingue o sonho da realidade é a inverosimilhança, a incoerência, a ilogicidade de alguns sonhos.

B:

A: Mais tarde, descobri que a realidade nem sempre é verosímil, coerente, lógica.

B: Concluíste que não há diferença...

A: Não. A diferença é que do sonho acordamos e da realidade não.

B: Tens a certeza de que não acordamos?