quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DESIGUALDADE E CRISE

Através de uma notícia da "VISÃO" de 20 de Agosto, cheguei à página do Professor da Faculdade de Economia da Universidade da Califórnia, Emmanuel Saez:

Emmanuel Saez realizou um estudo em que analisa a distribuição, ao longo do tempo e por estrato social, da apropriação da riqueza produzida nos Estados Unidos da América:
http://www.econ.berkeley.edu/~saez/saez-UStopincomes-2007.pdf.

Verifica-se que após os períodos em que os 10% mais ricos se apropriaram de maior pecentagem da riqueza produzida (à volta de 50%) houve graves crises: a de 1929 e a actual.

Demonstra-se ainda que quem contribui decisivamente para os picos registados são, dentro daqueles 10%, os 1% mais ricos.

Por outro lado, conclui-se que os 0,01% mais ricos se apropriam, actualmente, de 6% do total da riqueza.

Curiosidade: o período em que os 10% mais ricos se apropriaram de menor percentagem da riqueza produzida corresponde grosso modo ao período conhecido como "os 30 anos gloriosos" (expressão de Jean Fourastié para designar o período entre o final da 2ª Guerra Mundial e o primeiro choque petrolífero - 1973 -, caracterizado por forte crescimento da economia, do emprego e da população - baby boom - acompanhado de baixa inflação). Mera coincidência?

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